A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) exige ao Governo que desenhe um Plano de Apoio ao Setor Automóvel e apresenta propostas que passam por medidas fiscais, incentivos ao abate e à compra de veículos elétricos e linhas de crédito com parte do capital a fundo perdido, de acordo com um comunicado divulgado esta quarta-feira.
A ACAP indica que entre 1 e 14 de Abril as matrículas de ligeiros de passageiros totalizaram apenas 838 veículos, menos 86% do que em igual período do ano passado. E, sublinha, a maioria destas matrículas respeitam a encomendas realizadas antes de 16 de Março.
A situação é ainda mais grave no mercado de viaturas usadas, com a estagnação completa das vendas, assinala a ACAP.
Desta forma, a associação considera que "o setor automóvel é, sem dúvida, dos mais afectados por esta grave crise". E estima em 15 milhões de euros a perda de receitas fiscais do Estado nestas duas semanas.
A ACAP indica que propôs ao Governo que adote medidas para minimizar o impacto desta crise e relançar a procura. A associação considera que as suas propostas "exigem um Plano de Apoio ao Sector Automóvel", criticando o facto de o setor ainda não ter tido "qualquer particular atenção do Governo, tal como aconteceu noutros sectores".
A ACAP elenca ainda várias das propostas que apresentou ao Executivo, que incluem alterações fiscais, a recuperação do incentivo ao abate e linhas de crédito específicas para o setor.
1. A ACAP propõe "um aumento, imediato, da linha de apoio à compra de veículos eléctricos", indicando que a sua dotação deverá ser duplicada.
2. A introdução de um incentivo ao abate de veículos em fim de vida, que contemple não apenas o apoio à retirada de circulação de veículos com mais de 12 anos pela compra de um veículo novo de baixas emissões mas também "permitir a troca de um veiculo usado por outro veiculo que, embora usado, cumpra uma Norma Euro de emissões mais recente".
3. A ACAP refere ainda que "continua a aguardar a resposta do Governo à sua proposta de suspensão de pagamento de IUC (Imposto Único de Circulação)".
Autor: "Negócios"